A Eugenia uniflora, popularmente conhecida como pitangueira, é uma árvore frutífera amplamente encontrada no Brasil. Essas árvores ficam carregadas de frutos, popularmente denominadas de pitangas, ibitanga ou pitangatuba, dependendo da região do país em que se encontram. Ela floresce em períodos quentes, por isso é muito comum nos depararmos com várias dessas frutinhas caídas ao chão durante os passeios com nossos pets, principalmente entre os meses de outubro e janeiro.
Por apresentarem um cheirinho adocicado, a pitanga pode ser bastante atrativa para os nossos animais, particularmente os cães. Mas será que essa fruta pode ser tóxica para eles?
De acordo com um estudo realizado pelo Centro Universitário da Região de Campanha no Rio Grande do Sul, não há relatos de intoxicações por pitangas em pets. Porém, existem pouquíssimos estudos a respeito desse assunto. De fato, deve-se considerar que como em nosso país não existe um centro de controle de intoxicação em animais e considerando-se que em países onde existem esses centros (por exemplo, nos Estados Unidos), essa planta é de ocorrência pouco comum ou mesmo inexistente, é possível imaginar que possa ter havido casos de toxicidade em animais de estimação, mas que não foram reportados.
Nesse sentido, considerando-se as características dessa fruta, uma possibilidade a ingestão dos caroços dessas frutas pelos animais, particularmente aqueles de menor porte, o que produziria um quadro de obstrução total ou parcial de alguma parte do intestino, desencadeando uma série de sinais clínicos como dores e inchaço abdominal, vômitos e apatia, podendo levar até a um quadro conhecido como torção intestinal, correndo risco de levar o animal à morte.
Outro ponto que deve ser considerado na ingestão da pitanga é que cada organismo tem uma resposta e tolerância diferente para cada tipo de alimento, ou seja, existem animais que não toleram bem a ingestão dessas frutinhas e podem ter quadros denominado de “hipersensibilidade alimentar” que se manifestam por diarreia, presença de sangue nas fezes. dores abdominais e vômitos.
Assim, pode-se concluir que embora o consumo de pitangas possa não ser um alimento de grande risco de intoxicação para os animais de companhia estas frutas podem eventualmente promover distúrbios, que, em algumas situações, podem ser graves. Portanto, evite oferecer essa fruta para o seu pet, e se perceber que o animal ingeriu essa frutinha, fique atento aos sinais clínicos citados acima, se perceber qualquer manifestação de mal-estar, procure atendimento veterinário imediatamente.
Referência do artigo citado:
Aplicabilidade Da Pitanga E Butiá Na Medicina Veterinária – Revisão Bibliográfica, Disponível em:http://ediurcamp.urcamp.edu.br/index.php/congregaanaismic/article/viewFile/4155/3137
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