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  • Foto do escritorLarissa Santos

Perigos da automedicação: Quais medicamentos não devem ser fornecidos ao seu pet?


Perigos da automedicação: Quais medicamentos não devem ser fornecidos ao seu pet?


Quando apresentamos alguns sinais como prostração, espirro, tosse, entre outros, normalmente já sabemos qual medicamento

pode nos ajudar na melhora desse sinais, essa cultura de automedicação é comum nos humanos mesmo não sendo completamente correta, contudo é importante que isso não se estenda para os animais, pois os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação nos pets, você sabe por que?


Alguns medicamentos de uso humano são utilizados em animais, porém existem diferenças metabólicas entre as espécies, que pode mudar a forma de administração, dose e tempo de tratamento, ainda existem outros que não são utilizados em animais e podem até desencadear alterações graves, por isso é importante a orientação de um profissional antes de qualquer administração.

Nesse texto, vamos apresentar para vocês alguns medicamentos que são comumente utilizados por nós humanos, mas que devemos ter certo cuidado em relação aos nossos pets.


Primeiramente, um fármaco muito utilizado é o paracetamol, este medicamento é comercializado pelo nome de TylenolⓇ, trata-se de um anti-inflamató rio da classe dos não esteroidal, utilizado em seres humanos para o controle da febre e de dores leves. Em cães, esse medicamento é utilizado como analgésico, para controle de dores leves a moderadas, contudo em doses elevadas, que normalmente ocorre em casos sem orientação, pode causar alterações hepáticas, vômitos, dores abdominais entre outros. Já os gatos, são muito sensíveis a este medicamento, portanto é contraindicado, pois a sua metabolização forma compostos tóxicos que eles não conseguem excretar, desse modo os felinos que consumirem esse medicamento, podem apresentar também alterações hepáticas, mas além disso pouco tempo após a ingestão podem apresentar principalmente vômito, apatia, mucosas azuladas, dificuldade respiratória entre outras complicações.




Outro medicamento comumente utilizado é o ibuprofeno, comercializado como AdvilⓇ, utilizado como anti-inflamatório e analgésico em cães, a apresentação comercial de uso veterinário é conhecida como KetofenⓇ. Em cães, esse medicamento possui uma estreita margem de segurança, ou seja, é importante atenção para administração de doses repetidas, sendo que o uso prolongado pode gerar irritação gastrointestinal, e a dose excessiva pode gerar vômito, diarreia, dor abdominal, sangue nas fezes entre outros. Em relação a ação em gatos, ainda existem poucos estudos, mas considera-se que esses animais sejam mais sensíveis à intoxicação em doses menores que as utilizadas em cães, por isso seu uso em felinos é contraindicado.




O ácido acetilsalicílico (ASS) também é um medicamento muito utilizado, é o mais vendido em grande parte do mundo, comercializado como AspirinaⓇ, empregado como anti-inflamatório e analgésico. Porém, os animais apresentam um tempo de eliminação do organismo 10x maior que os seres humanos, por isso é importante cautela na utilização desse composto. Nos pets, doses maiores podem gerar efeitos tóxicos, é comum cães apresentarem irritação gástrica com formação de úlceras, vômito sanguinolento, apatia entre outros, enquanto gatos a administração é realizada a cada 48 horas em doses baixa, o excesso pode gerar vômito, espuma na boca, febre, apatia, irritação gastrointestinal entre outros.


Assim, é possível observar as consequências da automedicação em animais de estimação, medicar nossos pets inadequadamente com a expectativa de ajudar, por mais que pareça benéfico, pode agravar a situação do animal. Agora que você conhece alguns medicamentos que podem ser perigosos para o seu companheiro, evite a exposição dos animais e consulte sempre a orientação de um profissional quando seu amiguinho apresentar alguma alteração, com isso haverá maiores chances de melhora do pet.


Finalmente, lembre-se de que seu animal de estimação é parte importante de sua família, e seu bem-estar está em suas mãos. Esteja atento aos sinais de desconforto e doença, mas evite a automedicação. Ao compartilhar esse conhecimento sobre os perigos da automedicação em animais, esperamos que você e seu pet desfrutem de uma vida longa e saudável juntos.


Fique de olho em nosso blog para obter mais informações sobre cuidados com animais de estimação, dicas de saúde e outros tópicos interessantes. Continuaremos trazendo conteúdo valioso para garantir que você e seu companheiro peludo vivam as melhores experiências juntos. Acompanhe-nos para manter seu animal de estimação feliz, saudável e seguro.


Se você tiver alguma pergunta ou sugestão para futuros artigos, sinta-se à vontade para compartilhá-la conosco. Adoraríamos ouvir sua opinião e atender às suas necessidades. Até o próximo post! 🐾💙



Escrito por: Larissa Silva Santos


Referências


DOS SANTOS, Kerli Cristina et al. Medicamentos de uso humano e sua prescrição para animais domésticos. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária FAG, v. 4, n. 2, 2021.


SPINOSA, Helenice de Souza et al. Toxicologia aplicada à Medicina Veterinária. Editora Manole, 1° Edição- 2008


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